domingo, 22 de março de 2015

Você precisa de terapia?

Pode ser em em algum momento você tenha se perguntado isso. Pode ser que outra pessoa tenha lhe dito isso, e talvez você tenha se sentido ofendido(a). Mas afinal, quem precisa de terapia?

A resposta é simples, mas nem sempre é uma conclusão fácil: Precisa de terapia aquela pessoa que, por qualquer motivo, não consiga lidar sozinha com determinada questão emocional. O problema aí é essa pessoa ser sincera o suficiente consigo mesma para admitir isso. Ou ainda, quanto tempo (e quanto murro em ponta de faca) ela vai precisar para concluir que necessita de ajuda.

Sobre esta questão, pesam principalmente dois estigmas: 'terapia é para loucos' e o 'terapia é para gente fraca'. O primeiro é o mais antigo, um 'ranço' que restou de quando não havia distinção entre psicologia e medicina. De fato, a psicologia se originou a partir da dificuldade da medicina em tratar determinados pacientes, que sofriam, porém eram clinicamente saudáveis no ponto de vista da saúde da época.

No desenvolvimento da psicologia houve uma longa história envolvendo medicina, neurologia e psiquiatria, e também grande participação da filosofia, antropologia e sociologia. Resumindo a questão, o estigma do da atuação da psiquiatria/psicologias em busca da cura da loucura sempre foi muito forte, embora não condiga com a realidade (e, além disso, quem é o 'louco', não é mesmo?). Já o segundo estigma está mais ligado à ideia de que as emoções são relacionadas com fraqueza. Neste ponto podemos perceber claramente o motivo de as mulheres costumarem relutar menos com a questão. Mas isso que quer dizer que homens não são bem-sucedidos em processos terapêuticos, muito pelo contrário. Quando conseguem romper com essa barreira para se expressar, costumam se sair muito bem.

Evidentemente, há vários outros motivos que impedem as pessoas de procurar atendimento psicológico, tais como tempo, dinheiro, experiências anteriores ruins... só para citar alguns.

Outra coisa que deve se ter em mente é que terapia não é um bicho de sete cabeças. É o momento no qual uma pessoa que estudou (e muito, diga-se de passagem) sobre o funcionamento da psique vai se ajudar a ver a questão de outra forma, desatar os nós e fazer com que você consiga superar a crise que motivou o atendimento. Muita gente consegue mesmo, porém depois de dar muita volta, encontrar o caminho, mas é valido dizer que buscando ajuda essa caminho é geralmente mais curto, mas rápido e menos dolorido.

Buscar terapia também não significa passar 20 anos procurando suas respostas. Há sim, linhas teóricas que utilizam processos mais longos, e deve ser uma escolha pessoal o tipo de terapia a ser procurada. Da mesma forma, não espere que o terapeuta tenha uma 'receita de bolo' te aguardando, do tipo 'siga dez passos simples e veja o milagre acontecer', porque isso não existe. Aliás, existe, e é a fórmula do livro de autoajuda. Ora, terapia não é autoajuda, e se o suposto terapeuta te propõe isso, suspeite. É charlatanismo. Um terapeuta pode até sugerir uma leitura desta natureza, mas esta será focada para a sua questão, e o seu tratamento será desenvolvido para você, é exclusivo e baseado na sua demanda e seu modo de ser. 

Ok, a pessoa já decidiu que vai buscar ajuda. Mas... quem ele deve buscar?

Logo publicarei um post explicando as diferenças de cada linha da psicologia, para ajudar nesta escolha. Fiquem à vontade para fazer perguntas sobre o assunto  =)

Até lá!


domingo, 8 de março de 2015

Sobre o Blog e a autora

Olá!

Criei este blog com o intuito de divulgar um pouquinho do meu trabalho como psicóloga clínica e debater temas atuais e pertinentes à minha área (além dos temas clássicos, que sempre estão presentes em nossas vidas). O blog é voltado tanto para o público em geral quanto profissionais da área, e fico aberta a sugestões de temas para os artigos. Ele foi originalmente idealizado e iniciado em 2011, e alguns dos textos estão sendo reeditados, atualizados e repostados. A maioria é inédita, e eu adoraria receber sugestões de temas para novos artigos.

Minha proposta é aproximar a psicologia das pessoas, para ajudar derrubar o preconceito que diz que  psicologia é 'para loucos' ou pior ainda, 'para fracos'. A psicologia está em quase tudo que nos rodeia, e o entendimento sobre algumas questões são de grande valia para o aprimoramento pessoal e desenvolvimento da qualidade de vida. Psicologia não se trata apenas de cura de sintomas, transtornos ou síndromes psicológicas, mas também é peça fundamental para o autoconhecimento.

ATENÇÃO: A leitura de um artigo não substitui a avaliação de um profissional capacitado e não é a intenção do blog realizar diagnósticos pela internet, mas sim funcionar como uma ferramento de informação. Portanto, se identificar algum sintoma ou sinal aqui descrito, procure auxílio profissional.

Sobre mim...

Tenho um estilo particular de atuação, e pretendo manter esse estilo aqui. Gosto de trabalhar com humor sempre que a situação permite, e tornar meus atendimentos tão leves quanto possível. Dentro da psicologia há muitos profissionais que seguem, por orientação ou estilo pessoal, uma linha bem mais austera, mas se tem algo que a vida já me provou por a+b é que seriedade é diferente de sisudez, e que alegria e competência nunca deveriam ter sido separadas. Respeito a escolha de cada um, e em contrapartida espero o mesmo grau de respeito.

Então, fica a minha apresentação. Psicóloga Mariana Galesi Bueno, CRP 08/13.324, especialista em Psicologia Clínica na linha Comportamental e Transtornos Alimentares/Obesidade. Mais detalhes podem ser visualizados no meu currículo lattes, e, caso deseje, contata-me pelo e-mail mariana.galesi@gmail.com.

Espero que gostem do blog!

Até a próxima!